Evento realizado anualmente desde 2004 tem como objetivo conscientizar usuários sobre temas como privacidade, segurança de dados e comportamento nas redes
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Privacidade, segurança de dados, ética e responsabilidade nas redes. Esses são os quatro temas centrais do Dia da Internet Segura, evento que ocorre anualmente, sempre na segunda terça-feira de fevereiro, desde 2004.
Idealizada pela Comissão Europeia – ligado à União Europeia –, a iniciativa abraçada por 140 países gira em torno de paineis, palestras e debates promovidos por ONGs, órgãos estatais e entidades privadas sobre temas que marcam a vivência e a convivência na internet, tudo com o objetivo de conscientizar o público acerca dessas questões.
No Brasil, quem está por trás do Dia da Internet Segura é a ONG SaferNet Brasil, que luta pela promoção e defesa dos direitos humanos nas redes desde 2005.
A SaferNet Brasil conta com apoios públicos e privados na realização do Dia da Internet Segura. Entre eles estão o Ministério Público Federal, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a Associação Brasileira de Internet, a Unicef (ligada à Organização das Nações Unidas), Facebook, Google e Tik Tok.
A programação de 2021
Como parte do Dia da Internet Segura 2021, a SaferNet Brasil vai promover eventos digitais com debates, discussões e palestras, que serão transmitidos nos canais oficiais da organização .
Nesta terça-feira (9), foram apresentados quatro painéis, com temas sobre educação digital, segurança, privacidade e bem-estar digital.
Entre quarta (10) e sexta (12), serão apresentados outros seis painéis abordando outros aspectos desses temas. A programação completa e a gravação dos eventos estão disponíveis no site da organização .
Apoiadores do Dia da Internet Segura também estão realizando seus próprios debates, fazendo os anúncios e disponibilizando informações em seus sites.
Além disso, o Dia da Internet Segura incentiva empresas, escolas e universidades a realizarem suas próprias atividades relacionadas à criação de uma rede mais harmoniosa e protegida. Nesses casos, o acesso fica a cargo de cada instituição.
Os temas do evento
Ao ouvir o termo “internet segura”, é possível pensar que se trata de um evento que trata única e exclusivamente sobre privacidade e proteção de dados .
Apesar de tais temas estarem presentes no Dia da Internet Segura, eles não são os únicos.
“Internet segura” também diz respeito à criação de espaços onde não existam discursos de ódio, onde ataques contra indivíduos sejam prevenidos ou apurados e onde a tecnologia seja uma ferramenta de promoção do bem-estar e não o contrário.
O cyberbullying é um dos eixos centrais do Dia da Internet Segura. Ele caracteriza violências verbais, assédios, ameaças e perseguições dentro do ambiente virtual.
Os principais tópicos que surgem no cyberbullying são cor ou raça, aparência física, sexualidade, ideologia política, religião ou classe social.
O bem-estar digital, campo de estudos que tenta mitigar os efeitos do vício em telas, é outro tema de destaque no Dia da Internet Segura.
O comportamento compulsivo – seja ele relacionado a comida, sexo, esportes, autodisciplina ou até piadas ruins – faz com que a pessoa perca o controle sobre o quanto algo ocupa de energia e tempo na sua vida, de tal forma que essa atividade atrapalha outras esferas sociais, como a do trabalho e das relações pessoais e familiares, chegando até a ser prejudicial à saúde.
Com a tecnologia e o meio digital, o quadro não é diferente. No fim de 2017, a OMS (Organização Mundial de Saúde) decidiu incluir a compulsão por jogos eletrônicos como transtorno mental em sua lista de referência de doenças.
A obsessão por celulares, seja para acessar redes sociais, jogar algo como passatempo ou checar e-mail, não é configurada como doença, mas não deixa de ser percebida como um problema.
As discussões sobre bem-estar digital tentam buscar técnicas e soluções para diminuir os impulsos que geram o comportamento compulsivo, com o objetivo de estabelecer uma relação mais saudável entre indivíduo e tecnologia.
Fonte: Nexo